CIRCO
VOSTOK
UM ANO DE IMPUNIDADE
Folha de Pernambuco, 8 de Abril de 2001
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CIRCO
DI NAPOLI COMPRA CÃES E GATOS VELHOS
Jornal
Primeiramão - São Paulo, 07/07/01
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TRAPEZISTA
ATACADO POR LEOA, NO PARANÁ
Jornal
O Dia 17/08/2001
O trapezista
do Circo Imperial do MÈxico, armado na cidade paranaense de Quitandinha,
teve de amputar um braÁo apÛs ter sido atacado por uma leoa, quarta-feira
ý noite. Marcelo Magno da Silva, 25 anos, foi internado no Hospital
do Trabalhador, em Curitiba, onde ficar· em observaÁ“o, por uma
semana. Marcelo - que tambÈm È um palhaÁo do circo - contou que,
apÛs vitÛria da seleÁ“o sobre o Paraguai, tomou v·rias cervejas.
Depois, ele teria ajudado um trabalhador a alimentar os ležes.
DistraÌdo, foi atacado por uma leoa, que dilacerou seu braÁo.
BWANA
PARK - BETO CARRERO
Jornal
O Dia 17/08/2001
Restos
de animais usados como raÁ“o Veterin·rio diz que Bwana Park recolhia
bichos do lixo para servir de alimento PatrÌcia Melo e Souza Chamado
para depor na Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente, sobre
a descoberta dos 80 bichos encontrados mortos nos freezers do
Bwana Park, em Guaratiba, terÁa-feira, o ex-veterin·rio AndrÈ
Luiz Paiva Sena Maia, 29 anos, revelou um bastidor de horrores:
desde outubro, por escassez de comida, a ex- propriet·ria Eliete
Vieira dos Santos comprava de garis da Comlurb passarinhos e cavalos
mortos na Estrada Rio-Santos, para que servissem de alimento aos
bichos. "Muitos n“o podÌamos aproveitar, pois j· chegavam p™tridos",
disse AndrÈ, acrescentando que h· 20 dias ele denunciara as prec·rias
condiÁžes ý PolÌcia Federal e ao Ibama, mas nada foi feito. O
veterin·rio disse ainda que fez a mesma den™ncia ao Ibama em outubro.
Ontem, o Ibama fez uma recontagem e encontrou 190 bichos que sobreviveram
ý fome. Para garantir a alimentaÁ“o dos animais, foi firmado convÍnio
entre o novo propriet·rio, de identidade desconhecida, e o ZoolÛgico
de NiterÛi, com patrocÌnio da Petrobras.
Ex-propriet·ria
acusada pela desnutriÁ“o
AndrÈ
tambÈm contou que os bichos nascidos em cativeiro eram vendidos
ilegalmente, sem a autorizaÁ“o do Ibama. Um dos compradores teria
sido o empres·rio Beto Carrero, que ser· chamado
para depor pelo delegado. Por R$ 25 mil, ele teria adquirido para
seu circo duas chimpanzÈs fÍmeas, h· dois anos. A histÛria foi
confirmada, durante depoimento, por Daniel Antoine Marmy, 50,
gerente do parque entre 1998 e fevereiro, que reassumiu o cargo
terÁa-feira. J· o publicit·rio que administrou o Bwana mÍs passado,
Eduardo Henrique Leal Menezes, 30, negou ser o respons·vel pelos
animais: "Quem cuidava dessa parte era a propriet·ria, Eliete.
Eu n“o sabia de nada".
PROIBIÇÃO
DE ANIMAIS EM CIRCOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Jornal O Dia, 25.10.01 - Geral
(com foto de um elefante vestido com o uniforme da Selecao Brasileira:
calção, camiseta e tornozeleiras, chutando uma bola)
Os animais estar“o, em breve, fora de cartaz dos espet·culos circenses
no estado. A proibiÁ“o de exibiÁ“o se aplica aos selvagens, ferozes
e atÈ mesmos aos domÈsticos. O projeto do deputado Edson Albertassi
(PSB), foi aprovado, ontem, em discuss“o ™nica: ìN“o queremos
acabar com circo, vamos desempregar o animal e empregar genteî.
Emenda apresentada pelo deputado Chico Alencar (PT) livra da proibiÁ“o
os eventos, sem fins lucrativos, de natureza cientÌfica, educacional
ou protecional. Para passar a valer, a lei ainda depende de sanÁ“o
do governador Anthony Garotinho. ìSeis crianÁas e um adulto j·
morreram no Brasil.
Nos
Estados Unidos, o elefante j· È proibido nos circos; na FranÁa,
todos os animais foram banidosî, justifica Albertassi, que È lÌder
do partido do governador. Ele se baseou no acidente ocorrido em
Jaboat“o dos Guarapes, em Pernambuco, ano passado, quando um menino
de oito anos morreu estraÁalhado por ležes.
Para
aprovar a lei, Albertassi fez quest“o de contar detalhes sobre
as torturas praticadas contra os bichos: ìOs elefante È treinado
a danÁar em cima de uma chapa quente, ao som de uma m™sica, que,
quando È colocada no espet·culo, faz com que ele volte a danÁarî.
Quem n“o cumprir a lei ter· que pagar multa de R$ 10.641 (10 mil
Ufirs).
A
presidente da Sociedade Uni“o Internacional Protetora dos Animais
(Suipa), Izabel Cristina Nascimento, aprovou a idÈia e tem certeza
de que o governador sancionar· a lei: ìEle n“o perder· a oportunidade
de ser o pioneiro a implantar uma lei t“o justa e esperada por
todosî, garantiu. Ela vai levar a Garotinho um vÌdeo com imagens
das torturas praticadas contra animais nos circos. (Colaboraram
CarmÈlio Dias, Šlcio Braga e PatrÌcia Melo Souza)
Artistas
e diretores circenses preparam protesto
Ha
quem ja esteja pensando em soltar os bichos para impedir a aprovacao
da Lei dos Circos. Ary Nunes, produtor do Circo Sarrazany, avisa:
"A classe estah em entendimento para protestar contra essa lei.
Vamos levar artistas e animais para a frente do Palacio Guanabara".
O grande temor dos donos de circo eh a perda de publico: eles
acreditam que 80% soh vao aos espetaculos para ver os animais.
Vladimir Spernega, coordenador dos circos Beto Carrero e diretor
da Associacao Brasileira de Circos, preve demissao em massa: "Hoje,
existem 50 mil pessoas vivendo do Circo no Brasil.
Ninguem
pensou nesse aspecto. O numero de animais gira em torno de 20
mil. O que precisamos eh de regulamentacao com normas rigidas
de seguranca para os animais, para o publico e para os trabalhadores".
Jah Rolando Garcia, diretor do Circo Garcia, estah mesmo uma fera
com os parlamentares que aprovaram o projeto: "Esses deputados
fazem isso porque nao tem algo melhor para fazer. Se essa lei
passar mesmo, nos do Circo Garcia nao vamos mais nos apresentar
no Rio", avisa.
MUNDO
ANIMAL
Jornal
O Globo, 26/10/2001,
Coluna Anselmo Góis
Os donos de circos estão pressionando o governador Garotinho
para não sancionar a lei da Assembléia Legislativa,
recém-aprovada, que proíbe qualquer animal em espetáculos
circenses. Eles alegam que as atrações perdem público
sem os bichos em cena e com isso os circos terão que demitir
empregados. O argumento é falso. Basta lembrar o famoso
Cirque du Soleil, do Canadá, ou, no Brasil, o circo do
ator Marcos Frota. São sucessos que não compactuam
com o sofrimento dos animais.
PROTESTO
CONTRA ANIMAIS EM CIRCOS
Jornal O Globo, 12.11.01 - Coluna Anselmo
Góis
Lilian Fernandes
Membros
da ONG Defensores dos Animais, acompanhados de uma banda e de
artistas da Escola Nacional de Circo, organizaram ontem uma manifestação
na Praia de Copacabana para pedir ao governador Anthony Garotinho
que sancione a lei que proíbe o uso de qualquer animal
em espetáculos circenses no estado. Carregando cartazes
com frases como Circo legal não tem animal, eles
distribuíram folhetos aos pedestres que passeavam pelo
calçadão.
Projeto
foi Aprovado pela Assembléia em Outubro
A médica veterinária Mariângela de Almeida
e Souza, presidente da ONG Defensores dos Animais, diz que o grupo
está tentando sensibilizar Anthony Garotinho.
O governador tem até a próxima segunda-feira para
sancionar a lei. Encaminhamos um documento ao secretário
de Governo, Fernando William, pedindo que a lei seja aprovada
diz Mariângela, explicando o motivo da campanha.
Os animais que trabalham em circos são maltratados.
O projeto de lei 2634/2001, que proíbe a apresentação
de animais de qualquer espécie em circos e espetáculos
semelhantes, em todo estado, foi aprovado pela Assembléia
Legislativa em 23 de outubro.
PONTO
FINAL
Jornal O Globo, 23/11/2001 - Coluna Anselmo Góis
Instalado
há três semanas em Campo Grande, na Zona Oeste, o
Circo de Beto Carrero foi interditado ontem pela prefeitura. O
local não possuía o Certificado de Inspeção
Sanitária, indispensável para espetáculos
que apresentam animais
PARTICIPAÇÃO
DE ANIMAIS ESTÁ PROIBIDA EM CIRCOS DO RIO
25/11/2001
-site www.ambientebrasil.com.br
Entrou
em vigor neste sábado a lei sancionada pelo governador
do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que proíbe a participação
de animais selvagens e domésticos em todos os circos do
Estado. O objetivo é que a lei evite acidentes como o que
aconteceu com um menino de seis anos, atacado e morto por leões
do circo Vostok, em Jaboatão dos Guararapares (PE), em
abril do ano passado. A lei pretende também acabar com
os maus-tratos que os animais costumam sofrer, como má-alimentação,
adestramento agressivo e alojamentos inadequados. A multa para
quem desobedecer a lei é de 10 mil Ufirs (R$ 11.283).
FUGA DA LEOA EM
PARACURU REABRE DEBATE SOBRE ANIMAIS EM ESPETÁCULOS
Jornal
O Povo, 01.12.01 - Fortaleza
EDITORIAL
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Caso da Leoa Chitara, contendo todas as matéria publicadas
pelo Jornal "O Povo"

Leoa Chitara, morta a tiros após escapar de um circo no
Ceará.
Mais abaixo, cobertura completa
A
fuga de uma leoa no circo instalado no povoado de Salgado, no
município de Maracanaú, o conseqüente pânico
da população do município e a caçada
à fera com destaque na mídia nacional vêm
reativar a polêmica em torno da utilização
de animais selvagens - domesticados ou não - em exibições
para o público.
Acreditam os adversários dessa prática, principalmente
as pessoas ligadas às entidades de proteção
aos animais, que usar exemplares da fauna silvestre - nacional
ou estrangeira - como diversão significa uma crueldade
para os animais e um perigo para as pessoas. Há sempre
a possibilidade de fuga ou reação contra domadores
ou assistentes durante os espetáculos, principalmente quando
se trata de leões, tigres e outras espécies consideradas
ferozes.
O circo, derivado da palavra latina circu (círculo), sempre
esteve no imaginário de todas as pessoas em diferentes
países do mundo ao longo dos anos. Os palhaços,
mágicos, trapezistas e outros artistas ainda encantam a
mente das crianças em pleno 3† Milênio, apesar do
surgimento dos videogames de última geração,
da televisão a cabo e de outras diversões que oferecem
maiores encantos ao público infantil. Sua origem está
no grande anfiteatro onde povos antigos se reuniam para jogos
públicos. Há também primórdios sombrios:
no coliseu romano, seres humanos eram jogados na arena para serem
devorados por animais ferozes. Essas cenas de selvageria eram
aplaudidas pelo público ávido de sensações.
As poderosas elites romanas criaram até a expressão
panen et circenses (pão e jogos de circo), utilizada, na
época, para desviar a atenção do povo dos
problemas cotidianos.
O cativeiro impõe sofrimento aos animais habituados com
a liberdade e que são retirados à força do
seu habitat: as florestas ou savanas da África e Ásia.
O estresse se torna maior quando eles são treinados para
exibições públicas, exercícios esses
acompanhados de chicotadas ou outros castigos. Há também
o problema da alimentação. Em muitos casos, circos
de pequeno e médio porte não têm recursos
para provimento das necessidades básicas dos animais. Leões
e tigres são carnívoros por natureza e necessitam
de grande quantidade de alimento por dia. Muitos desses animais
vivem famintos e algumas vezes morrem por falta de comida. Há
ainda o grave problema da segurança e muitos circos não
possuem as mínimas condições de manter animais
ferozes no cativeiro. Já aconteceram, no Brasil, vários
casos de mortes de pessoas devido à negligência de
proprietários e funcionários. No dia 18 de maio
de 1997, em Tianguá, o garoto José Vinícius
Silva Aguiar, de quatro anos de idade, foi atacado e morto por
um leão quando se encontrava numa locadora de vídeo.
O domador, irresponsavelmente, circulava pelas ruas da cidade
com o animal, preso apenas por uma corda de nylon, numa camioneta.
Foi apenas um caso entre muitos ocorrido no País.
O mundo do circo é ligado à alegria e não
combina com cativeiro e maus-tratos a animais. Está na
hora de uma legislação que ponha fim aos abusos
que vêm acontecendo. O ideal para leões, tigres e
macacos é o seu habitat ou, pelo menos, zoológicos
tipo safári, que procuram reproduzir os locais de origem.
Isto traz mais segurança para a população
e menos sofrimento para os animais.
LEOA
FUJONA É MORTA NO INTERIOR DO CEARÁ
Jornal O Globo, 07.12.01
Depois
de mais de oito dias de caçada, foi capturada e morta a
leoa Chitara, que havia fugido da jaula de um circo em Salgado,
um distrito de Paracuru, município do litoral oeste do
Ceará que fica a 115 quilômetros de Fortaleza. A
fuga assustou os moradores de cidades vizinhas, que reforçaram
a brigada de caçadores, formada por 30 atiradores de elite
da Polícia Militar e técnicos do Ibama. Eles usaram
até helicópteros e cães farejadores para
encontrar a leoa.
Chitara foi encontrada por cinco policiais e quatro moradores
de Salgado. Ela estava numa área próxima ao lugarejo
de onde havia fugido. Os caçadores conseguiram chegar bem
perto do animal: coube ao comandante do 3 Pelotão de Paracuru,
o tenente Carlos César, dar o primeiro tiro na leoa.
Atingida numa das patas, Chitara rugiu e ameaçou correr
na direção de seus caçadores. Diante da reação
do animal, um dos moradores de Salgado que acompanhava as buscas
deu um tiro de espingarda na leoa, que caiu ferida e foi dominada.
Chitara ainda foi levada às pressas para a Clínica
Veterinária de Animais de Grande Porte da Universidade
Estadual do Ceará (Uece). Ela morreu quando veterinários
tentavam extrair as balas.
CHITARA
- LEOA SERÁ EMPALHADA
Jornal
O POVO, 08.12.01 - FORTALEZA
Chitara
poderá ser empalhada. Este pode ser o destino da leoa morta
com dois tiros na quinta-feira pela manhã. Segundo Djalma
Paiva, gerente executivo substituto do Ibama no Ceará,
o corpo do animal continua na Clínica de Grandes Animais
da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do
Ceará (Uece). ''Já fizeram a necrópsia e
o resultado deverá sair na semana que vem. A partir daí
vai se decidir se ela (leoa) será ou não empalhada'',
diz Paiva.
Enquanto
paira a dúvida sobre o destino do corpo da leoa na delegacia
do município de Paracuru, continua o inquérito policial
para apurar a responsabilidade dos autores da morte de Chitara.
''Nós já ouvimos o dono do circo e várias
testemunhas, agora vamos ouvir todos que participaram da caça
ao animal'', diz o delegado Valdério Nobre. Foram nove
dias de perseguição ao animal que colocou Paracuru
como centro das atenções, inclusive nacional. A
caçada mobilizou PMs, fiscais do Ibama e moradores do município.
Mas o final foi trágico, Chitara recebeu dois tiros e não
resistiu aos ferimentos, morreu na mesa da Clínica de Grandes
Animais.
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