TRAGÉDIA
O ATAQUE DA TIGRESA
O Diário Popular
Carolina Oliveira
26-12-03
O auxiliar de serviços gerais do Big Circo Mundial em Aparecida
de Goiânia, Júnior Ferreira da Silva, 28, foi atacado
ontem às 8h30 por uma tigresa da espécie Real de
Bengala. O rapaz, que no momento estava alcoolizado, resolveu
colocar o braço dentro da jaula do animal, que mordeu seu
braço direito.
Funcionários do circo socorreram Júnior e acionaram
o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência
(Siate), que o levou para o Hospital de Urgências de Goiânia
(Hugo), onde passou por uma cirurgia.
O secretário do Big Circo Mundial, Marcos Oliveira, conta
que o animal mordeu o antebraço e o bíceps do braço
direito do rapaz. "Ele teve muita sorte, pois estes animais
são desunhados. Se tivessem unhas, teriam arrancado seu
braço."
O advogado do circo, Adair Oliveira de Souza, explica que, por
volta da 1h30, Júnior chegou bêbado no circo e deitou
no picadeiro. "Ele bebeu muito. De manhã, resolveu
deitar em sua cama. Como o tempo estava abafado, as lonas do circo
foram levantadas, e os animais ficaram expostos ao público,
que se aglomerou na cerca que protege o circo", conta.
Neste momento, Júnior acordou, viu o movimento e, como
ainda estava sob efeito alcoólico, resolveu ir até
a jaula do casal de tigres. "O bicheiro - que limpa e vigia
as jaulas dos animais - estava perto dos tigres quando ele se
aproximou e resolveu fazer exibicionismo para o público,
colocando o braço dentro da jaula. E se deu mal."
No momento do acidente, o auxiliar foi socorrido pelo bicheiro
e por um artista do circo. "Ele foi alisar o tigre, que o
atacou. Todos os funcionários são orientados a não
chegar perto dos animais, não brincar ou alimentá-los,
pois só durante a apresentação, no picadeiro,
eles querem brincar", diz Marcos.
Ele frisa que todos os animais são ensinados. "Os
tigres são acostumados com o público, não
há perigo de ataque. O animal viu o ato de Júnior
como uma ameaça, pois está acostumado somente com
o domador."
Marcos afirma que nunca aconteceu esse tipo de acidente no circo,
o qual existe há cinco anos. "É a primeira
vez que acontece isso."
FUNCIONÁRIO
DE CIRCO É ATACADO POR TIGRESA
Jornal O Popular
26-12-03
Segundo testemunhas, Júnio Silva estaria embriagado quando
aproximou-se da jaula onde estava casal de tigres. Ele sofreu
lesões no ombro e no braço e foi operado
Maria José Silva
Uma brincadeira que teria sido praticada num momento de embriaguez
causou ferimentos graves em Júnio Ferreira da Silva, de
28 anos, funcionário do Big Circo Mundial, instalado atualmente
em um lote na Avenida Independência, Cidade Livre, em Aparecida
de Goiânia. Na manhã de ontem, ele foi atacado por
uma tigresa do circo quando passava a mão no abdome do
animal. Júnio sofreu lesões no ombro e braço
e antebraço direitos e foi submetido a uma cirurgia para
reconstituição dos movimentos. Durante a noite,
o estado de saúde dele era regular.
O acidente aconteceu por volta das 8h30, momentos depois de o
rapaz ter chegado ao circo. A tigresa estava dentro de uma jaula
na companhia de um tigre, nos fundos do picadeiro. O secretário-geral
do circo, Marcos Oliveira, disse que Júnio Ferreira estava
embriagado e dirigiu-se ao local logo depois de ter chegado. Ele
teria se aproximado da jaula e colocado a mão direita no
compartimento reservado à colocação de alimentos.
Ao ter o corpo tocado pela mão do operário, a tigresa
o atacou.
O animal puxou a mão de Júnio Silva e, em seguida,
o braço. Desesperado, o rapaz gritou por socorro. O tratador
do casal de tigres e outro funcionário do circo puxaram
o operário, impedindo que a lesão fosse ainda mais
grave. "Por pouco ele não teve o braço arrancado",
assinalou Marcos Oliveira, acrescentando que esse foi o primeiro
acidente dessa natureza desde a fundação do circo,
há 15 anos. O casal de tigres, de origem africana, é
dócil, conforme o secretário. Apesar disso, ele
repara que Júnio Silva teve sorte em não ter sido
atacado também pelo tigre macho.
Júnio Silva foi levado em uma unidade de resgate do Corpo
de Bombeiros para o Hospital de Urgências de Goiânia
(Hugo). A cirurgia reparadora foi coordenada pelo ortopedista
e microcirurgião Sérgio Lima, um dos médicos
responsáveis por reimplante de membros no Hugo. O diretor-técnico
do hospital, Cicílio Alves de Moraes, informou que o acidente
causou uma extensa lesão muscular no operário.
Apesar de não ter sofrido fratura óssea, Júnio
Silva perdeu parte dos músculos do ombro, braço
e antebraço. A cirurgia realizada ontem teve o objetivo
de promover parte da recuperação. O rapaz, de acordo
com o diretor-técnico, terá de ser submetido a novo
procedimento cirúrgico.
Júnio Silva trabalha no Big Circo Mundial há apenas
um mês. Marcos Oliveira informou que ele foi contratado
porque já havia trabalhado na mesma função
em outros circos. Além do casal de tigres, os responsáveis
pelo circo criam cavalos, pôneis e cachorros. Todos esses
animais participam das apresentações com os artistas.
O Big Circo Mundial veio para Goiânia há cerca de
um ano. Conforme Marcos Oliveira, o objetivo dos responsáveis
pelo estabelecimento é levar brincadeiras e cultura a crianças
carentes, a preços populares.
Só na capital o circo foi instalado em 15 bairros, a maioria
periféricos. O Big Circo Mundial estreou na Cidade Livre
no dia de Natal, algumas horas antes do acidente. O advogado Odair
Oliveira de Souza garantiu que os responsáveis vão
dar a assistência necessária ao funcionário.
Informou ainda que nos próximosdias será realizada
uma reunião com o intuito de orientar mais uma vez os empregados
quanto à aproximação da jaula onde estão
os animais ferozes.
FILHOTE
DE LEÃO É DOADO PARA UNIÃO PROTETORA DE ANIMAIS
Fonte: Lista DA-Defesa dos Animais
22 - 12- 03
A filhote Nala, de três meses e meio, foi levada na sexta-feira
da casa onde estava, em Campinas, a 90 quilômetros de São
Paulo, para se juntar a outros animais selvagens, inclusive de
sua raça, no Santuário Rancho dos Gnomos em Cotia.
Nala é uma leoa que foi entregue à União
Protetora dos Animais (UPA) por um morador de Campinas. Ela foi
transportada em uma viatura da Polícia Florestal. O diretor
da UPA, Feliciano Nahimy Filho, manteve em sigilo a identidade
do doador, alegando que está investigando a origem da leoazinha.
O dono do bicho disse que trabalhou em um circo e a ganhou de
presente. "Mas acho que ela deve ser filhote de um casal
que pode estar sendo criado irregularmente. Não podemos
acusar o dono porque ele nos entregou a leoazinha voluntariamente",
disse. De acordo com Nahimy Filho, o abandono e procriação
de leões no Brasil tem sido um problema por falta de locais
adequados para acomodar a espécie. "Há o projeto
de repatriação à África, mas não
se trata de repatriação, já que os animais
são brasileiros. Existem muitas fazendas de caça
africanas para onde esses animais podem acabar sendo levados",
disse.
Os filhotes de leão de até dois meses são
explorados para produção de fotografias e exposições,
conforme o diretor. "A partir dessa idade eles se começam
a dar trabalho", disse.
ÚLTIMO
URSO DE CIRCO NO REINO UNIDO VAI PARA SANTUÁRIO NO CANADÁ
FOTOS DE FRED: www.wspa.ca/fred.html (Fonte: WSPA
Brasil)
22 - 12 - 03
Fred,
um Urso Negro Americano de 12 anos de idade, nascido em cativeiro
e que tem sido mantido nos últimos anos num pequeno recinto
próximo a um velho trailer de circo foi finalmente, depois
de muitos esforços pelo escritório da WSPA em Londres,
liberado por seu proprietário Jeffrey Mackie, ex-dono do
Circo King.
Fred está sendo levado para o santuário "Bear
With Us" em Sprucedale, Canadá. O transporte de London
para Toronto é generosa cortesia da British Airways. "Estamos
muito felizes em participarmos deste resgate" diz Silia Smith,
Diretora do escritório da WSPA no Canadá. "O
dono de Fred finalmente tendo percebido seu erro, deu a ele seu
melhor presente de Natal.
Libertado de uma vida de miséria em circo, Fred vai viver
o resto de sua vida num ambiente próximo ao natural. Estou
ansiosa por ver sua soltura amanhã. Parece que o Natal
chegou mais cedo". O escritório da WSPA em Toronto
vai patrocinar a manutenção de Fred pelo resto de
sua vida. "Fred terá um pequenolago para se banhar,
árvores para subir, rochas e toras de madeira para brincar,
e contato com outros ursos" disse o administrador do santuário
Mike McIntosh. "Já que não podemos devolvê-lo
à natureza (Fred nasceu em cativeiro) vamos dar o melhor
que pudermos".
McIntosh, um experiente reabilitador de vida silvestre, licenciado
pelo Ministério de Recursos Naturais, pessoalmente já
reabilitou e soltou mais de 200 filhotes de ursos órfãos,
e translocou dezenas de ursos desde que fundou o Bear With US
em 1992. Seu santuário, no centro de Ontario, tem sido
o lar de muitos residentes permanentes nos últimos anos,
a maioria, como Fred, resgatados de circos.
BLUMENAU
PROÍBE ANIMAIS NOS ESPETÁCULOS
Publicado em: 05/12/2003 20:54, por Josi Tromm
Blumenau - A cidade do Médio Vale do Itajaí é
a primeira de Santa Catarina a proibir a exibição
de animais selvagens, domésticos, nativos ou exóticos
em espetáculos circenses. O projeto de lei 4.140, que prevê
a proibição, foi aprovado por 13 votos a seis na
Câmara de Vereadores na sessão de quinta-feira e
deve ser sancionada pelo prefeito Décio Lima nos próximos
15 dias.
Os únicos estados que proibem a exibição
de animais nos circos são os de Pernambuco e Rio de Janeiro,
além da capital gaúcha, Porto Alegre, e agora Blumenau.
"O blumenauense sempre primou pela natureza preservada. Nunca
fez parte da nossa cultura, maltratar os animais", disse
o autor do projeto vereador Célio Dias (PPS). Só
serão permitidas a utilização de animais
em rodeios, exposições, feiras, desfiles e outros
eventos, desde que sejam respeitadas as características
naturais de cada espécie. (A Notícia)
DÚVIDAS
SOBRE ZOOLÓGICO ATRASAM "REPATRIAÇÃO"
DE LEÕES PARA ÁFRICA
Mariana Viveiros
da Folha de S.Paulo 16-11-03
Primeiro eles entraram no Brasil, provavelmente vindos da África,
sem autorização nem controle dos órgãos
públicos nacionais.
Depois trabalharam em circos, deram crias "brasileiras",
foram, em sua maioria, maltratados e, finalmente, abandonados
à própria sorte. O governo brasileiro, com outros
problemas sobre os quais se preocupar, resolveu "repatriá-los":
mandá-los para um zoológico particular na África
do Sul.
Estava tudo certo para o embarque amanhã, mas havia uma
pedra no meio do caminho. Ou melhor, dúvidas levantadas
pelo governo sul-africano a respeito do local que seria a nova
casa deles.
Agora os 20 leões sem teto que iriam embora do Brasil devem
ficar no país por tempo indefinido, até que o equivalente
ao Ibama (órgão ambiental federal brasileiro) da
África do Sul se convença das razões pelas
quais o Animal and Reptile Park Zoo, de Pablo Urban, em Johannesburgo,
quer mais leões e de que o local tem condições
de infra-estrutura para receber os animais brasileiros.
Em documento oficial, ao qual a Folha teve acesso, o Departamento
da Agricultura, Conservação, Ambiente e Terra diz
não "estar claro" por que Urban quer importar
leões se tem um "zoológico pequeno" já
com uma série de animais, inclusive dois leões.
O
departamento diz ainda que não vê como a chegada
de mais leões iria acrescentar algo em relação
ao principal objetivo de um zoológico, a educação.
E, como esses animais não estão ameaçados
na África do Sul, o órgão sustenta que os
dois leões existentes no parque já são o
suficiente.
Enquanto o governo sul-africano não autorizar o zoológico
a receber os leões, eles não podem deixar o Brasil
porque a transação é regulada pela Cites
(Conferência sobre o Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas de Fauna e Flora), da qual os dois países
são signatários. Levar animais de um país
a outro sem consentimento de ambos é considerado tráfico.
Entidades de proteção aos animais temem que os animais
estejam indo, na verdade, para fazendas de caça "enlatada"
(canned hunting), onde são presas fáceis para caçadores
que pagam fortunas por um troféu na parede, afirma Elizabeth
Mac Gregor, representante da WSPA (sigla em inglês para
Sociedade Mundial de Proteção aos Animais) no Brasil.
"O
Ibama poderia usar os R$ 30 mil que vai gastar exportando esses
animais para melhorar as condições de refúgios
já existentes no Brasil, de forma que os leões ficassem
por aqui mesmo", sugere.
"O
poder público transferir dinheiro para entidades de caráter
privado é juridicamente muito complicado", diz Rômulo
Mello, diretor de fauna e recursos pesqueiros do Ibama. Ele diz
considerar as questões colocadas pelo governo sul-africano
como normais e diz estar tranquilo quanto à escolha do
zoológico. "Se parar meia dúvida formal de
que o local é adequado, os animais não vão."
Enquanto isso, parte dos leões continua em refúgios
e parte em zoológicos e unidades do Ibama, aguardando o
desfecho da novela.
PESO
PESADO FOGE DO CIRCO
fonte: Jornal Agora - SP
12/11/03
Elefanta escapa e dá rolê
BAMBI,
DO CIRCO STANKOVICH, MUDOU O ROTEIRO DA CAMINHADA DIÁRIA
E PROVOCOU CONFUSÃO E CURIOSIDADE NA REGIÃO DA RADIAL
Todos
os dias, às 7h, Bambi faz a sua caminhada matinal. Ontem,
porém, resolveu mudar o trajeto. Não seria nada
demais se Bambi não fosse uma elefanta e se ela não
tivesse resolvido passear justo pela rua Uriel Gaspar, quase na
esquina com a avenida Alcântara Machado, a Radial Leste,
no Tatuapé (zona leste).
Geralmente, Bambi dá suas voltinhas por uma área
cercada dentro do circo Stankovich, observada de perto pelo seu
tratador, Cláudio Alejandro, 41. Ontem, ele foi tomar café
e não percebeu que o portão lateral do circo estava
aberto.
Bambi aproveitou e saiu para o estacionamento do local. Segundo
o tratador, a elefanta "estava de olho" em uma amoreira
que fica do outro lado da cerca. Até ela chegar à
árvore e traçar algumas amoras em questão
de segundos, teve, porém, que passar próximo à
esquina da Radial. A curiosidade dos motoristas provocou um princípio
de congestionamento no sentindo centro-bairro. Logo, os bombeiros
chegaram -provavelmente acionados por policiais que passaram por
lá. Mas não houve problemas. O passeio durou pouco:em
20 minutos, Bambi voltou para o circo, levada por Alejandro.
Segundo o dono do estabelecimento, Antônio Stankovich, Bambi
tem 35 anos, pesa quatro toneladas e é mansa. "Ela
adora passear", explica. Há quatro anos, conta ele,
o circo estava em Marília (444 km de SP) e Bambi foi caminhar
em um canavial. Só parou em um sítio. "A dona
da casa se assustou quando viu a tromba entrando pela janela."
(Luciane Scarazzati)
ELEFANTA
PARA TRÂNSITO NA RADIAL LESTE
http://radiobandeirantes.com.br/index.htm
11/11 07h39
Por Paula Marinho
Uma elefanta do circo Stancovich, localizado próximo ao
Shopping Tatuapé, na zona leste da capital, fugiu no início
desta manhã e seguiu pela Avenida Radial Leste, na direção
do centro.
O trânsito ficou complicado na região, segundo a
CET, mas logo o animal foi recapturado por policiais do Corpo
de Bombeiros e reconduzido ao circo.
Os donos do estabelecimento não foram localizados para
falar do assunto.
MORRE
MADÚ, ELEFANTE FÊMEA DO CIRCO DI NÁPOLI
Ela vivia cercada por uma cerca com eletricidade,
mas no laudo diz
que ela foi morta por um raio.
Será?
Clique
na foto e saiba mais

Madú,
do Circo Di Nápoli
TEM ELEFANTE?
NÃO TEM,NÃO, SENHOR
Nem ursos, tigres ou leões. Pressionados por ONGs, circos
aposentam seus animais
http://veja.abril.com.br/vejasp/291003/bichos.html
Revista Veja, 29-10-03
Alessandro DuarteMario Rodrigues
Há
três anos, a principal atração do Circo Di
Napoli era a elefanta "Madu". Com quase 3 toneladas,
ela sentava-se em um banquinho, chutava bola, levantava as patas
e ameaçava pisotear a cabeça de seu domador. O público
gostava. Mas, para algumas organizações não
governamentais de defesa dos animais, o show não era nada
divertido. Sucessivas denúncias de maus-tratos no adestramento
fizeram com que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) levasse Madu para
um refúgio ecológico em Itatiba. Após recuperar
na Justiça a guarda da elefanta, o circo desistiu de exibi-la
em seu picadeiro e despachou-a para o parque Beto Carrero World,
em Santa Catarina, onde ela morreu alguns meses mais tarde. Outros
catorze bichos, como chimpanzés, dromedários, ursos
e tigres, foram doados a parques e zoológicos. Hoje, o
Di Napoli apresenta apenas malabaristas, bailarinas, contorcionistas
e palhaços, além de cachorrinhos da raça
poodle que fazem um número de bicicleta. Animais selvagens
foram excluídos do espetáculo. "Cansei de ser
perseguido por entidades que não entendem nosso trabalho",
afirma o proprietário Beto Pinheiro.Fotos Mario RodriguesContorcionismo
no Circo Spacial: mulher borracha Di Napoli: desde 2000 sem animais
Como o Di Napoli, diversos circos na cidade deixaram de trabalhar
com animais. No Spacial, que já contou com um elefante,
o globo da morte e mulheres erguidas pelos cabelos a uma altura
de 15 metros são as principais atrações.
Ginastas que participaram de competições internacionais
viraram chamariz do Circo Estatal de Cuba, que há duas
semanas iniciou uma temporada em São Paulo. Entre os números
mais impressionantes estão as acrobacias em torno de uma
barra vertical e a imitação de boneca por uma contorcionista.
"Em muitas cidades a entrada de circos com bichos é
proibida", diz German Munõz Puentes, diretor da companhia.
"Por isso, eles estão cada vez mais raros." Alguns
circos ainda mantêm a tradição, indiferentes
às campanhas das ONGs. "Sempre cuidamos dos animais
com
carinho", afirma Marlon Stankowich, do Circo Stankowich,
que reúne cavalos, ursos, camelos, lhamas, elefante e três
tigres siberianos recém-nascidos. "Aqui eles vivem
melhor que na selva."
PARA
ONDE ELES VÃO
Luiz Aureliano
Roberto LoffelAlém de tirar os bichos dos circos, uma das
maiores preocupações de entidades como a União
Internacional Protetora dos Animais (Uipa) é onde colocá-los.
Por passarem boa parte da vida em cativeiro, eles dificilmente
conseguem voltar a seu habitat. "Muitos têm presas
e garras arrancadas", afirma Vanice Teixeira Orlandi, assessora
jurídica da Uipa. Sobram os zoológicos e os refúgios
ecológicos mantidos por ONGs, como o Rancho dos Gnomos,
em Cotia, que cuida de nove leões. "Nossa atuação
é restrita, pois não contamos com nenhum apoio do
poder público e sobrevivemos apenas de doações",
diz a diretora Silvia Pompeu.
CIRCOS
ALEMÃES PODEM SER PROIBIDOS DE TER ANIMAIS SELVAGENS
Fonte Ag.Estado - 15jul2003
Berlim
- Os circos alemães vão deixar de ter ursos, macacos,
elefantes e provavelmente outros animais selvagens, se for aprovada
uma proposta de lei apresentada pelo estado de Hessen no Bundesrat
(Conselho Federal). O ministro do Ambiente de Hessen, Wilhelm
Dietzel, justificou a iniciativa afirmando que não é
possível ter animais selvagens nos circos respeitando as
características de cada uma das espécies.
"Os
animais passam a maior parte da sua vida encurralados em transportes,
o que lhes provoca perturbações no comportamento,
doenças e em muitos casos até a morte", disse
o político democrata- cristão. A iniciativa deverá
culminar numa lei nacional que proíba a posse e a manutenção
de animais selvagens em condições desumanas.
O governo regional de Hessen quer também que seja criado
um registo nacional de circos, para ser mais fácil fiscalizar
o respeito pelas leis alemãs de proteção
aos animais.
TRATADOR
É O ÚNICO QUE CONSEGUE ACALMAR
A ELEFANTA KOALA NO ZÔ
Jornal O Globo - 01/05/03
Há 40 anos no Zoológico, o tratador Djalma de Amorim
é o responsável pela fêmea Koala, um elefante
asiático de quatro toneladas. Temperamental, Koala, de
39 anos, foi entregue ao Zôo porque não obedecia
aos comandos dos tratadores do Circo Garcia, onde atuava. Djalma
foi o único que se aventurou a enfrentá-la.
No início era estranho, mas nos acostumamos e a convivência
já dura 15 anos. Estou preparando substitutos, mas quando
ela tem ataques só eu mesmo para acalmá-la, na base
de muito carinho.
TIGRE
DO CIRCO GARCIA VAI PARA PARQUE DE AMERICANA
Popular de Campinas, 28.4.2003
Felino
de uma sub-espécie em extinção ganha jaula
de 650 metros quadrados e dois dormitórios; próximo
passo será a companhia de uma fêmea.
Aos poucos, a precária situação dos animais
desamparados pelo fim do Circo Garcia vai melhorando. Pelo menos
no caso de um tigre siberiano, novas condições estruturais
vão garantir, senão a perfeição da
vida livre em seu habitat natural, um recinto especial com 650
metros quadrados, dois dormitórios e quem sabe, dentro
em breve, até uma companheira. A iniciativa é da
Prefeitura de Americana, em parceria com duas empresas, que depois
de receber o felino, angariou recursos e construiu o "Recinto
do Tigre", inaugurado sábado para visitação
pública, no Parque Ecológico Cid Almeida Franco,
em Americana.
O tigre é um macho da sub-espécie Panthera Tigris
Altaica, tem 9 anos de idade e havia sido doado ao Parque no final
de 2001, durante o fechamento do Circo Garcia. O animal é
de uma das espécies mais ameaçadas de extinção,
contando apenas com cerca 350 indivíduos no mundo, apesar
da possibilidade de reprodução em cativeiro. No
início do século, a espécie a Panthera Tigris
contava até com 100 mil indivíduos espalhados por
três continentes. A beleza do felino e a possibilidade de
aproveitar desde o seu bigode até rabo para decoração,
alimentação, troféus de caça e amuletos,
no entanto, reduziu a população mundial para os
atuais 5 mil exemplares.
Segundo
João Carlos Tancredi, diretor do Parque Ecológico,
foram investidos R$100 mil para a construção de
um espaço ideal para abrigar o animal. "Sem dúvida
este tigre, que vivia em jaulas de circo, nunca teve tanto espaço
para fazer exercícios", garante Tancredi. A estrutura
à disposição do tigre conta ainda com uma
equipe de biólogos, veterinários e engenheiros agrônomos,
responsáveis pela alimentação com 5 kg de
músculo e pescoço de frango seis vezes por semana,
e acompanhamento médico para combate a doenças.
Mas, talvez, o que possa agradar mais o tigre, batizado entre
outros nomes de "Fofão", "Guloso",
"Pacato", "Taigra" e "Tiagro", seja
a vinda de uma companheira. O diretor do Parque informa que já
estão sendo feitos contatos com outros parques e zoológicos,
que também possuem indivíduos da sub-espécie,
para trazer uma fêmea definitivamente ao recinto.
Fascínio
Os visitantes que passam pelo Parque agora têm a oportunidade
de ver de perto o animal de 250 quilos e quase 3 metros de comprimento
(contando a cauda). A novidade já despertou o fascínio
de quem acompanhou os movimentos e a exuberância do felino.
"É mágico observá-lo tanto pelas cores
como pela sua forma majestosa", definiu o técnico
ambiental, Josmar Miranda. Segundo ele, o espaço reservado
ao tigre é suficiente para uma boa qualidade de vida.
DOIS
LEÕES FOGEM DE CIRCO EM MOSCOU APÓS MATAREM O DOMADOR
Reuters
11h22 - 27/04/2003
Moscou, 27 Abr (Lusa) - Dois leões escaparam hoje de um
circo a Norte de Moscou, depois de terem morto o seu domador,
revelou a polícia.
Uma das feras já foi abatida, mas a outra continua em fuga.
Os dois leões do Circo de Sergueiev Possad, a cerca de
cinquenta quilómetros a Norte de Moscou, atacaram o domador,
ao início da manhã, quando ele entrou na jaula para
os alimentar, noticiou a Agência Interfax, citando a polícia.
Cerca de cinquenta policiais foram enviados para o local e abateram
uma das feras em luta com o domador, mas o homem acabou por morrer
devido aos ferimentos.
A polícia pediu reforços para tentar capturar o
segundo animal, que continuava rondando o circo, mas tal não
aconteceu até agora.
UMA
POLÊMICA ANIMAL
Correio de Gravataí, 18 de abril de 2.003
por Marcos Sosa, estudante.
A
utilização de animais em apresentações
circenses tem sido um tema bastante debatido nos últimos
anos. A Câmara de Vereadores de Araraquara, São Paulo,
trouxe novamente à tona o assunto este abril último,
a partir de votação de Projeto de Lei. São
Leopoldo e Porto Alegre são exemplos de cidades gaúchas
em que é proibida a utilização de animais
em circos. No Estado do Rio de Janeiro, idem. A Lei é recente,
é verdade, mas sinalizam uma polêmica importante
e que tem de ser feita. Afinal, a sociedade brasileira (e, por
que não dizer, apesar de tamanha e quase absurda generalidade,
a humanidade como um todo) precisa abandonar a idéia ingênua
de que os animais estão numa boa ao participarem dos"espetáculos".
Além de ser uma idéia ingênua, é também
uma idéia favorável a um utilitarismo perverso e
de difícil aceitação em qualquer sociedade
que se pretenda avançada - ou que, minimamente, queira
um pouco de progresso (moral e material), paz, desenvolvimento
humano, justiça.
Algumas
questões importantes e sempre colocadas na mesa quando
da ocasião de um debate desta ordem são: 1) a forma
como os animais aprendem a ser uma gracinha; 2) o seu transporte
e hospedagem, pois os circos são estruturas itinerantes;
e 3) os riscos inerentes às apresentações,
aos "treinamentos", hospedagens, transporte, vez que
os animais são selvagens (leia-se, vivem naturalmente na
selva) e, muitos deles, carnívoros.Pois muito bem, vejamos
os ítens...
1)
Os animais não aprendem a ser uma gracinha. Quem aprende
alguma coisa, em sentido pleno, são os animais humanos
- eu e você. Os animais não humanos reagem por condicionamentos.
E, é claro, "aprendem", caso você considere
tarefas tais como o gatinho fazer xixi ali ou acolá, o
cachorrinho sentar ou até mesmo em outras mais complexas
como a busca de um odor - a exemplo das buscas e investigações
policiais. Note-se que nestes casos o animal "aprende"
e "faz" alguma coisa já previamente integrante
de seu hábito comportamental, o que é completamente
diferente do caso de animais de circo. Estes pobres têm
de ir justamente contra seus hábitos comportamentais. Em
alguns casos, contra sua própria estrutura anatômica.
Ou seja, para que um tigre pule por aros de fogo ou um urso dance,
é necessário muito sofrimento. Dentre os meios de
condicionamento estão a privação de alimentos,
a chibata, o choque elétrico, a chapa quente, o alicate
para retirar garras e presas. Tendo passado por várias
sessões de tortura, o animal entra em cena e faz o "espetáculo".
E isso é a ponta do iceberg. O assunto é imenso,
as provas contundentes.
2) Sendo os circos estruturas itinerantes, o transporte e a hospedagem
de animais costuma sempre ser um problema de difícil solução.
O dia-a-dia dos animais resume-se a nada menos que passar enjaulado
em celas que precariamente possibilitam que se virem. Animais
que em liberdade caminham entre 30 e 40 kilômetros por dia,
interagem entre si e com outras espécies, em geral sucumbem
emocionalmente frente a uma rotina de prisão perpétua,
e freqüentemente sob privação de alimentos.
3) Uma das maneiras de os animais apresentarem baixo risco é
tirar-lhes as garras e as presas (muitas vezes sem sequer procedimentos
cirúrgicos adequados ou anestesia). Isso contribui também
para que ele não venha auto-flagelar-se, já que
um traço comportamental freqüente é este (o
animal se deprime, se auto-flagela e/ou deixa de comer, podendo
vir a morrer). Mesmo tudo isso posto, vez por outra ouve-se falar
de algum incidente trágico de animais que escaparam aqui
ou ali e fizeram isso ou aquilo.
Ampliando
a discussão para o campo da ética das relações
entre homem e meio ambiente, há que se destacar que este
debate sobre os animais - não somente no caso dos circos,
mas também sobre os rodeios, as rinhas, os centros de controle
de zoonoses, etc. - aponta para uma mudança social em curso.
Atribui-se a Ghandi a seguinte máxima: "A riqueza
de uma nação é medida pela maneira como seus
animais são tratados." Quem sabe não estejamos
nós, no Ocidente, após extinguir centenas de espécies,
entendendo o que de fato isso quer dizer. Entendendo talvez que
a Natureza não está inteiramente à nossa
disposição; que os animais compartilham conosco,
por direito e não somente em tese, desse paraíso
que é a Terra; entendendo que cabe a nós, enfim,
cumprirmos racionalmente com a existência que nos cabe através
de uma interação positiva e agregadora, jamais destrutiva,
com o meio ambiente e com estes seres magníficos que são
os animais; entendendo que temos muito mais a aprender com eles
do que a lhes ensinar. E, vejam vocês, eis uma verdade que
o circo, o parque de diversões, a escola ou a televisão,
nunca ensinaram
Revita
de Fato, Janeiro de 2003
Clique
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MORRE
UM DOS LEÕES ABANDONADOS EM SUMARÉ
Fonte. Lista DA-defesa
dos animais
http://br.groups.yahoo.com/group/defesa-animais/
Os
três leões abandonados em Sumaré foram levados
ao Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, onde vivem
outros animais de circos que sofreram maus tratos. Um deles não
resistiu, pois estava muito debilitado, vindo a falecer no dia
25 de Janeiro de 2003
CIRCO
GARCIA ENCERRA ATIVIDADES

Para ver reportagem completa do Jornal Extra de Janeiro de 2003
clique aqui
SANTUÁRIO
TENTA REABILITAR LEÕES DE SUMARÉ
Jornal
Correio Popular, Campinas,10/01/03
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CIRQUE
DU SOLEIL DIVERTE E ENCANTA SEM ANIMAIS
Yahoo
Notícias
Sexta-Feira, 10 de Janeiro, 01:48 PM
Por Paul Majendie
LONDRES
(Reuters) - Esqueça os tigres, elefantes e ursos dançantes.
O Cirque du Soleil nunca irá excursionar pelo mundo com
animais em sua trupe."Não concordamos com a forma
que os animais são vestidos e fazem seus truques. Preferimos
dar emprego a seres humanos", disse Pierre Parisien, membro
da trupe do Quebec que inspirou um renascimento do circo mundo
afora."Eles são animais, não artistas. Eles
deveriam estar na selva", disse o diretor artístico
da trupe do show Saltimbanco, em entrevista à Reuters
depois da abertura em Londres esta semana.
"Não
concordamos com o jeito que os animais são treinados
e não estou bem certo se o lugar de um elefante ou de
um tigre é ficar enjaulado metade da vida e se apresentar
em todo o mundo", disse ele. "Nunca teremos animais
em nossas apresentações."
O Cirque du Soleil foi fundado em 1984 pelo acordeonista e comedor
de fogo quebecois Guy Laliberté como uma mistura de números
de circo e entretenimento de rua. Ao longo das duas últimas
décadas, o Soleil transformou-se em um império
de entretenimento e deu ao circo um novo sopro de vida.
O
Cirque du Soleil tem agora 2.400 empregados e 500 artistas de
mais de 40 países. Seus shows foram exibidos em 130 cidades
por cerca de 33 milhões de espectadores. O circo tem
teatros permanentes em Montreal, na Walt Disney World da Flórida
e em dois cassinos de Las Vegas. No momento, apresenta-se em
oito shows em dois continentes. Todos os finais de semana, cerca
de 60 mil pessoas assistem às peripécias do Cirque
du Soleil mundo afora.
"Tenho
muito orgulho de ser parte desta aventura -- e continua sendo
uma aventura", disse Parisien. "O circo está
muito mais saudável do que antes, porque as pessoas precisam
sonhar e ter esperança -- e é disso que falamos."
SANTUÁRIO
ECOLÓGICO ADOTA LEÕES ABANDONADOS POR CIRCO
Correio
Popular, 7.1.2003
O
Rancho dos Gnomos, santuário ecológico situado em
Cotia administrado por uma organização não-governamental
(ONG), recebeu os três leões (um macho e duas fêmeas)
deixados numa área pública de Sumaré pelo
Circo de Romenia. O acerto foi feito durante a tarde de ontem
entre a ONG, a Polícia Ambiental, o Ministério Público,
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e os administradores do santuário.
A transferência foi feita durante a noite para diminuir
o estresse dos animais. Toda negociação para transferência
dos leões para o Rancho dos Gnomos foi intermediada pelo
presidente da União Protetora dos Animais (Upa), Feliciano
Nahimy Filho que acompanhou o caso até seu desfecho para
garantir que os animais estariam bem instalados.
A
ONG de Cotia, que abriga animais abandonados e mutilados, concordou
em receber os três leões, após a apreensão
formal dos felinos pela Polícia Ambiental. A Prefeitura
de Sumaré encaminhou oficio ao comando da Polícia
Ambiental em Campinas solicitando a apreensão e encaminhando
os animais ao Rancho.
Em
entrevista à Agência Anhangüera de Notícias
na semana passada, o proprietário do circo, Mário
Stankovich, negou que tivesse abandonado os animais e afirmou
que pretendia doá-los à cidade por ter interrompido
as atividades do circo. No período, ele se encarregou de
alimentar os bichos e manter um vigia no local para prevenir acidentes.
(Delma Medeiros e Johnny Inselsperger/ Da Agência Anhangüera)
CIRCO GARCIA DESCE EM DEFINITIVO SUAS LONAS
Campinas
- Terça-Feira, 07 de Janeiro de 2003 - http://www.cpopular.com.br
- Ano V
Sucessivas
crises financeiras culminaram no encerramento das atividades do
circo mais antigo do país, que foi fundado em campinas
RogérioVerzignasse
Do Correio Popular
rogerio@cpopular.com.br
As
cortinas do espetáculo se fecharam. Para sempre. Atolado
em dívidas que chegam à casa dos R$ 800 mil, o Circo
Garcia, o mais antigo do Brasil, encerrou as suas atividades.
Fundada em Campinas, em 1928, a companhia circense chegou a figurar,
na década de 70, entre as quatro maiores do mundo.
Seu fundador foi Antolim Garcia, paulistano, filho de imigrantes
espanhóis, que conduziu o Circo Garcia ao sucesso no Exterior.
O apogeu aconteceu entre 1954 e 1964, quando os espetáculos,
com cinco lonas e cerca de 200 artistas contratados, viajaram
por 72 países do mundo.
Desde
a década de 80, o Garcia enfrentou crises financeiras sucessivas.
A arte circense já encarava a concorrência da televisão,
que passou a oferecer diversão sem que as pessoas precisassem
sair de casa. Muitas lonas foram baixadas, no Brasil inteiro.
Mas a instabilidade econômica atual foi decisiva. A alta
do dólar tornou inviável o pagamento de artistas
internacionais, com remunerações atreladas à
moeda norte-americana. O Garcia chegou a pagar US$ 2,7 mil por
semana a trapezistas mexicanos. Quase toda a dívida atual
é referente a salários atrasados. Além disso,
diversas leis passaram a proibir, em determinados municípios,
a presença de animais no picadeiro. E, para o Garcia, não
existem espetáculos sem animais. Era um dos únicos
circos do mundo onde era realizada a procriação
deles.
Mas alguns acontecimentos marcaram, de maneira particular, a derrocada
do Garcia. Antolim morreu em 1987. Desde aquele ano, o grupo era
administrado por sua mulher, Carola Boets, e pelo filho dele,
Rolando Garcia, que faleceu em setembro do ano passado. Sem
meu enteado, fiquei muito sozinha, afirma Carola. Aqui
nós estávamos empatando dinheiro. Além
de Rolando, morreram desde o 2000 os outros dois filhos de Antolim,
Ruth e Romero. A madrasta Carlota ficou desamparada. Hoje ela
passa os dias olhando velhas fotografias e álbuns montados
com recortes de jornais estrangeiros. São reportagens elogiosas
ao circo. E, ao lado das pastas, fica o cinzeiro, lotado de bitucas
de Carlton, que ela fuma sem parar.
A
última apresentação no dia 29 de dezembro,
aconteceu o último espetáculo do Garcia, que estava
montado na Avenida Guarapiranga, região do Santo Amaro,
Zonal Sul paulistana. Sinal cruel dos tempos. Só 280 pessoas
compareceram ao espetáculo, e se espalharam pela arquibancada
construída para 3.500 espectadores. A arrecadação,
lastima Carola, não foi suficiente nem para pagar os R$
300,00 gastos com a manutenção dos geradores em
uma noite de espetáculo. Agora, todos os 50 artistas estão
desempregados. Eles começam a deixar hoje o terreno da
Avenida Guarapiranga, à procura de emprego em outras companhias.
E daquela antiga trupe, com 200 artistas, só sobrou um
estrangeiro: um mexicano, domador de tigres.
Outra
preocupação da proprietária do espólio
são os animais. Os 21 chimpanzés, segundo Carola,
têm lugar para ficar, o sítio de uma amiga. Mas há
quatro tigres e dois elefantes com o destino incerto. Como os
zoológicos estão lotados, e nenhum outro circo está
disposto a investir em atrações cada dia mais dificultadas
pelas leis, ela pensa em vendê-los para o Exterior. Seria
uma forma, diz, de quitar algumas dívidas. Seu patrimônio
particular em nada lembra o verdadeiro império construído
por Antolim. Desde a década de 80, quando a crise circense
ficou mais séria, ela foi vendendo equipamentos e imóveis
comprados pelo marido, com quem ela viveu durante 33 anos. Hoje
ela só possui um apartamento em São Paulo.
LEÕES
ABANDONADOS EM PRAÇA PODERÃO GANHAR NOVO LAR
Jornal
O Estado De São Paulo, 6-01-2003
Silvana
Guaiume (O ESTADÃO)
Campinas,
SP - A União Protetora dos Animais (UPA) da região
de Campinas, no interior paulista, irá solicitar nesta
segunda-feira ao Ministério Público (MP) de Sumaré
(SP) a apreensão, por maus tratos, de três leões
que estão abandonados em uma praça de lazer no
bairro Parque Amizade, dentro de duas jaulas. O presidente da
UPA-Campinas, Feliciano Nahimy Filho, disse que há uma
instituição interessada em obter a guarda dos
bichos, desde que seja respeitada a burocracia.
Segundo
Nahimy Filho, a apreensão é necessária
para que os leões possam ser legalmente doados à
entidade. Ele não quis revelar o nome da instituição
a pedido do proprietário. Mas afirmou tratar-se de um
lugar adequado, no Estado de São Paulo, para onde são
encaminhados animais selvagens e silvestres apreendidos por
maus tratos.
Os
leões foram abandonados há cerca de um mês
pelo proprietário do Circo da Romênia, Mário
Stankovich. Ele justificou dizendo que o circo deixou de operar
temporariamente e não tinha para onde levar os bichos.
Foi cogitada a possibilidade de os animais serem mantidos no
minizoológico de Sumaré. Mas Nahimy Filho disse
que essa hipótese é pouco provável.
De
acordo com ele, seria necessário construir uma área
específica para os leões e contratar profissionais
especializados para cuidar deles. A prefeitura não
tem verbas para isso. É preciso ainda manter os bichos.
Cada um consome dez quilos de carne por dia, afirmou.
Nahimy Filho disse que os animais estão sendo alimentados
apenas a cada dois dias. Um funcionário do circo fica
de plantão perto das duas jaulas onde estão os
leões para evitar que eles fujam.
CIRCO
ABANDONA LEÕES EM SUMARÉ
Jornal
da Tarde 5-01-2003

As leoas Susi e Júlia, abandonadas em Sumaré:
polêmica na cidade
Enjaulados,
os animais foram largados num campo de futebol há um mês.
Agora, os moradores querem que eles fiquem na cidade, mas o prefeito,
não.
"Respeitável
público, o circo chegou"... Há dois meses o
dono do Circo De Romênio, Mário Constantino, de 63
anos, anunciava a sua chegada à cidade de Sumaré,
a 125 quilômetros da capital. Uma das atrações
do circo, o show com seus três únicos animais (dois
leões e uma leoa), não foi permitida pelas autoridades.
Mesmo
com o impecilho de Julia, Suzi e Vargas - o nome dos leões
- o circo foi montado em um campo de futebol, no Jardim Parque
da Amizade. O circo fez algumas apresentações, mas,
para algumas pessoas, como o estudante Rafael Endrigo Fernandes
Vieira, de 11 anos, ficava a pergunta: "Cadê as feras?"
"Eu nunca vi um leão e eles anunciavam logo três
e fiquei feliz. Fui a uma das apresentações e não
vi nenhum bicho." O motivo apareceu pouco tempo depois. O
prefeito de Sumaré, Dirceu Dalbem, do PPS, tinha receio
de animais como estes na cidade e proibiu que fossem apresentados
ao público. Depois disso venceu o contrato de uso do terreno
- que era de um mês - e o dono teve de abaixar as tendas
e mudar-se para um outro terreno a três quarteirões
do campo. Os leões ficaram no campo de futebol.
Durante
o mês de dezembro, as três feras ficaram em duas jaulas
diferentes - as duas fêmeas em uma e, isolado em outra,
o macho - tudo sob o olhar de Pedro Alvares Nascimento, de 43
anos, que trata dos animais. "Eles comem duas vezes ao dia,
sendo que a primeira refeição é às
13h e depois às 18h. Uma coisa é certa, eles comem
melhor que eu", disse Nascimento.
Parte
do dinheiro para a compra do alimento vem da microempresária
Silvana Serra Fagiolo, de 37 anos, que doou 120 quilos de frango.
"Eu ajudo porque gostaria que os leões fossem levados
ao zoológico de Sumaré, que só tem aves."
Mesmo
sem a presença do circo, as feras são motivo de
olhares curiosos e despertam, em quem passa perto, sentimentos
diversos, do medo à tristeza. "Medo eu não
tenho, pois os leões são bem-cuidados. Só
peço que não maltratem os bichos e decidam seu destino",
disse o cabeleireiro João Pereira dos Santos, de 45 anos.
A
preocupação do cabeleireiro pode terminar ainda
hoje. Os leões devem ser levados por um fazendeiro de Itupeva,
segundo confirmou Constantino, a uma de suas fazenda no Estado
de Tocantins.
LEIS QUE PROÍBEM ANIMAIS IRRITAM
ARTISTAS DO RAMO
Jornal
Diário de São Paulo, 05/01/2003
O
fim do Garcia preocupou os donos de circos tradicionais. Para
eles, o principal motivo do fechamento são as lei que vem
sendo criadas em várias cidades brasileiras, proibindo
o uso de animais. Eles acham que os circos correm risco, caso
nada seja feito para mudar o quadro. "Estamos tentando junto
à Câmara e o Senado criar uma lei nacional que regulamente
isso", frisou José Leite, presidente da Associação
Brasileira de Circos. "Quem perde com o fechamento do circo
é a arte. O público gosta dos animais", afirma
Beto Carreiro.
Outros
donos de circo culpam a ONG americana Aliança Internacional
de fazer forte campanha contra a permanência de animais.
"O Cirque du Soleil não tem animais, mas o Governo
do Canadá dá US$ 20 milhões por ano",
diz Marlon Stankowich, dono da lona que leva seu sobrenome. "A
Aliança chega nos circos ameaçando", emenda
Beto Pinheiro, dono do Di Napoli.
A
americana Ila Franco, presidente da Aliança Internacional,
explica que a situação dos animais dentro desses
circos é dramática. Segundo ela, nenhum deles respeita
as leis federais brasileiras referentes ao trato de animais exóticos.
Além de maus-tratos, Ila sustenta que eles vivem em locais
inadequados e com estresse.
LISBOA
- PORTUGAL
CIRCO ATLAS - ATIVISTAS AGREDIDOS
"Activistas
da ANIMAL selvaticamente agredidos à porta do Circo Atlas
O Circo Atlas tem sido denunciado como um dos circos com animais
em Portugal que mais violento se revela no modo como trata e treina
os seus animais, bem como no modo como os mantém alojados.
Estas denúncias remontam já a 1992 e, novamente,
a 1998, quando alguns jornais britânicos noticiaram casos
de abuso e maus tratos de animais neste circo português.
A organização britânica CAPS - Captive Animal´s
Protection Society interveio algum tempo depois, após várias
denúncias de turistas estrangeiros que estiveram de férias
no Algarve terem testemunhado vários casos deste tipo e
de extrema gravidade precisamente no Circo Atlas, numa altura
de Verão em que este esteve na região algarvia.
Estando
nós presentemente em época de circos, por altura
do Natal, impunha-se, naquela que é uma luta global contra
os circos com animais, uma acção relativamente ao
Circo Atlas, que tem estado em Lisboa, junto ao C.C. Colombo,
desde o início de Dezembro. Hoje, dia 4 de Janeiro, um
grupo de 12 activistas que colaboram com a ANIMAL - Lisboa dirigiu-se,
cerca das 15h, para as imediações deste circo, onde
deu início à distribuição de alguns
panfletos informativos acerca do que realmente se passa nos circos
com animais relativamente à brutalização
a que estes são permanentemente submetidos. Estando neste
grupo como activista e Director da ANIMAL - Lisboa, dirigi-me
aos dois agentes da PSP presentes no local (um agente e uma agente),
e informei-os de que este grupo de pessoas se preparava para,
no pleno exercício dos seus direitos, informar as pessoas,
nomeadamente as que se dirigiam para o espectáculo de circo,
dos problemas que os animais que são vítimas destes
enfrentam. Não se tratava de uma manifestação
e dificilmente poderia ser considerada uma acção
de protesto propriamente dito. Não havia cartazes nem palavras
de ordem. Apenas panfletos. No espírito da mais serena
cordialidade, os agentes policiais identificaram-me como promotor
da acção, enquanto lhes explicacava em que traços
esta decorreria.
Enquanto
estava a ser identificado, o Director do Circo Atlas, Walter Dias,
aproxima-se de mim e dos dois agentes e, num tom agressivamente
ameaçador, diz-lhe que nos queria a 50 metros da entrada
do circo (não estávamos na entrada do circo), conforme
um qualquer regulamento que ele disse haver supostamente estipularia
(ficou por especificar de qual se trataria), ou então ele
chamaria o seu pessoal da segurança "para nos varrer
dali", como disse. O agente da PSP disse-me que não
me preocupasse e que a nossa segurança e liberdade estavam
garantidas. Porém, sem que eu ou este o pudéssemos
prever, cinco a sete minutos depois, um grupo de 8 a 10 indivíduos,
liderado pelo Director do Circo, pelo seu cunhado e pelo domador
de leões, cada qual com uma imponência física
mais impressionante do que o outro, desceu as escadas da entrada
do circo para começar a agredir todos os activistas presentes.
Sem
sequer respeitarem senhoras e passando literalmente por cima dos
dois agentes policiais presentes no local, este grupo de "artistas"
circenses e trabalhadores do circo distribuiu violentos empurrões
por todos nós, tendo inclusivamente apertado brutalmente
o pescoço a um dos activistas, e - o que foi ainda mais
grave - agredido um outro activista (que estava a tentar filmar
as agressões) com um murro na face e vários pontapés,
com os quais lhe conseguiram partir a câmara de vídeo.
Ao pedido de reforços dos polícias presentes, que
também não escaparam às agressões,
respondeu de forma até bastante rápida um contingente
numeroso de outros agentes policiais, que, já quando os
ânimos estavam mais controlados e a selvageria bastante
concretizada, conseguiram, ainda assim, impor alguma ordem. O
activista mais duramente violentado precisou de receber tratamento
hospitalar, o que aconteceu no Hospital de Santa Maria, após
o qual voltou à Esquadra da PSP de Carnide para apresentar
queixa contra o agressor - o domador de leões -, que, enquanto
foi retido para identificação, ficou calmamente
a assistir à televisão no departamento policial,
mesmo depois de ter protagonizado um grave atentado contra os
mais elementares direitos dos activistas que tinha agredido.
Em
contacto com o Presidente da ANIMAL, conseguimos chamar uma equipa
de reportagem da SIC, que só já conseguiu fazer
a reportagem no rescaldo dos acontecimentos, mas ainda a tempo
de registar o que se tinha sucedido. A peça está
a ser exibida na SIC Notícias e é de esperar que
seja exibida no "Primeiro Jornal" da SIC, amanhã,
às 13h. Pelo comportamento dos indivíduos ligados
ao Circo Atlas neste lamentável episódio, é
possível imaginar que estes tratarão os animais
que têm sob o seu domínio de uma forma provavelmente
mais violenta daquela segundo a qual nos trataram a nós.
É que os animais não têm, ainda assim, polícia
que os defenda, não têm voz para se queixar, nem
podem propriamente fugir, pois estão presos em jaulas,
enquanto nós tivémos algumas (embora não
muitas) oportunidades de fugir às investidas daquelas pessoas.
Pelas investigações e imagens que têm sido
obtidas junto de tantos outros circos que têm animais, concluímos
que esta é uma prática generalizada nestes espectáculos,
em que a agressividade é um elemento incontornável
da postura destas pessoas.
A
ANIMAL agradece, em primeiro lugar, aos activistas presentes e
à coragem e determinação que demonstraram,
ao manterem-se na acção em que decidiram participar,
mesmo sob fortes agressões, mais do que apenas ameaças.
A ANIMAL destaca, em segundo lugar, que esta foi uma de muitas
acções que estão agora a começar relativamente
aos circos com animais, e que, por muitas ameaças e agressões
que se concretizem, não acabarão enquanto o martírio
destes animais não tiver um fim, ou seja, enquanto a utilização
de animais em circos não for proibida. A ANIMAL apela,
em terceiro lugar, para que haja um boicote total aos circos com
animais, quer porque estes são actividades que assentam
na exploração francamente abusiva e no exercício
de violência extrema contra animais, quer porque são
espectáculos anti-pedagógicos, quer ainda porque
sustentam e despertam o que há de pior na conduta das pessoas
envolvidas neste domínio. Por último, a ANIMAL garante
que persistirá em prosseguir com todas as batalhas da defesa
ética dos animais nas quais está firmemente empenhada,
declarando-se absolutamente decidida a fazer com que os animais
sejam cada vez mais respeitados, tal como eticamente se impõe.
E, para isso, esta organização conta com a colaboração
de todas as pessoas que partilhem estes princípios e objectivos.
" Miguel
Moutinho (Director
da ANIMAL - Lisboa)
LEÕES
ABANDONADOS EM SUMARÉ (SP)
Folha de S.Paulo São Paulo 04/01/2003
Três
leões foram abandonados pelo dono do circo Stankowitch,
Mário Stankowitch, dentro de uma jaula, numa praça
no centro de Sumaré (120 km de SP). A praça foi
isolada depois da denúncia de moradores, na quinta-feira.
A polícia ambiental obrigou o proprietário do
circo a encontrar uma solução segura até
segunda-feira para o futuro de Nely, Suzi e Vargas, os três
animais abandonados.
Stankowitch alega que o circo deixou de funcionar e não
sabia mais o que fazer com os leões. No momento, um abrigo
de animais se comprometeu a cuidar dos leões até
que seja encontrada uma solução para o caso.
LEÕES
ABANDONADOS POR CIRCO GERAM PROTESTOS EM SUMARÉ
Correio
Popular 03.01.2003
Delma Medeiros, da Agência
Anhangüera
Três
leões deixados para trás por um circo estão
mobilizando a população dos bairros Parque Amizade
e Santa Elisa, em Sumaré. O Circo de Romeni ficou instalado
por dois meses numa área pública cedida à
Associação Amigos de Bairro do Parque Amizade, mas
foi desmontado há cerca de 15 dias. Apenas os leões
- duas fêmeas e um macho - continuam no local, em jaulas
com menos de dois metros quadrado, sem qualquer isolamento, o
que preocupa a população, pelo abandono em si e
pelo risco que os leões podem representar às pessoas,
crianças especialmente.
O proprietário do circo, Mário Stankowich, diz que
as atividades foram interrompidas pelos próximos três
meses e que pretende fazer a doação dos animais
para a Prefeitura de Sumaré. O problema é que as
repartições municipais estão em recesso até
a próxima segunda-feira, e nesse período o destino
dos animais permanece incerto. Stankowich afirmou que alimenta
os leões e mantém um funcionário 24h por
dia de vigia. A informação, no entanto, é
contestada por moradores das imediações. "Esses
leões precisam ser levados para um local maior e ser melhor
tratados", disse Edson Lopes, morador das imediações.
Segundo ele, um funcionário do circo vai ao local alimentar
os animais, mas não fica ninguém de vigia para evitar
a aproximação de crianças.
"Os
animais estão estressados e doentes, parece que estão
morrendo", disse um morador que preferiu não se identificar.
Sua declaração causou indignação no
proprietário do circo, que iniciou com o morador uma discussão
tão acalorada que a Polícia Militar foi acionada
para evitar um confronto físico.
Feliciano Nahimy Filho, presidente da União Protetora dos
Animais (UPA), visitou o local e contou que o proprietário
pediu prazo até segunda-feira (quando a Prefeitura retoma
as atividades) para solucionar o impasse. Segundo Nahimy, Stankowich
disse que alimenta os animais a cada dois dias para que eles não
engordem, porque isso atrapalha a atuação circense.
"Isso é desculpa. Os animais têm que comer todos
os dias", afirmou, lembrando que famintos os leões
representam uma ameaça ainda maior.
Lição
infantil
"Quem
quer ter leão tem que cuidar. Eles precisam comer todos
os dias", afirmou André Pereira, de 7 anos. A mãe,
Maria Pereira, contou que o menino pede que ela compre carne para
alimentar os animais quando os escuta rugindo durante a noite.
Segundo os moradores das imediações, além
do mau cheiro, ninguém consegue dormir direito porque os
animais rugem a noite toda. Plínio Simões de Brito,
que mora a uma quadra da área, disse que um amigo viu os
funcionários do circo dando um cachorro para o leão
comer. "Essa situação não pode continuar",
afirmou. A Polícia Florestal de Americana foi acionada
e deveria inspecionar o local ontem, mas não havia apresentado
relatório até 18h. Wilson Lima, gerente executivo
do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) no Estado de São Paulo, disse
que a fiscalização sobre as condições
em que os animais são mantidos cabe à Prefeitura,
que é quem autoriza a instalação do circo.
Lima afirmou que o abandono dos animais é crime e que a
solução deve ser buscada com a administração
municipal.
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